quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Matéria: As crianças e os animais

Há já muito tempo que ficou comprovado que adoptar um animalzinho ajuda o desenvolvimento emocional das crianças. De todos os animaizinhos de estimação o mais comum e que mais se interage com o ser humano é o cão. Além da relação de afecto que se desenvolve, muitos conhecimentos são adquiridos, do campo psicológico ao campo científico.
Ter um animal também requer cuidados, criando certo grau de autonomia e incutindo o senso de responsabilidade na criança. Cuidar da limpeza do bichinho, da sua alimentação, dividir o seu pão, medicá-lo quando necessário, também favorece o desenvolvimento do vínculo afectivo e a lidar com os mais diversos sentimentos, desde a alegria quando chega, à tristeza quando morre. E é nesta relação entre a vida e a morte que o animal de estimação tem um papel muito importante, uma vez que a criança é obrigada a aprender a lidar com a dor e a perda, ensinando e mostrando a ordem natural das coisas.

Pontos positivos e importantes de se ter um animalzinho de estimação:

•A criança que convive com animais, é mais afectiva, repartindo suas coisas, é generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos fatos, é crítica e observadora, se sensibiliza mais com as pessoas e as situações.

•Apresenta autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, com os problemas sociais, desenvolve boa auto-estima.

•Relaciona-se com desembaraço com os amigos, tornando-se mais sociável, cordial e justa. Sabe respeitá-los.

•Desenvolve sua personalidade de maneira equilibrada, aprendendo mais facilmente a lidar com a frustração e libertando-se do tão prejudicial egocentrismo.

•Desde os cuidados com aquela plantinha, aos cuidados com o seu bichinho de estimação, a criança desenvolve uma nova sensibilidade para com as questões ecológicas e as questões sociais, levando-o a tornar-se um cidadão consciente e responsável na sociedade.
Curiosidades:

•Pacientes autistas foram “despertados” de seu estado constante de recolhimento na presença e o convívio com animais.

•Nos lares de pessoas idosas, a presença de um animal aumenta as expectativas de vida.

•A equoterapia (terapia complementar com auxílio de cavalos) é utilizada no desenvolvimento psicomotor de portadores da síndrome de Down e outras deficiências neuropsicomotoras congénitas ou adquiridas.

•Os animais são indicados para pessoas com deficiências sensoriais (cegos e surdos), dificuldades de coordenação motora (ataxia), atrofias musculares, paralisia cerebral, distúrbios comportamentais e outras.
•O cachorro é capaz de pressentir antecipadamente as “convulsões” características da epilepsia quer seja do ser humano ou de outro animal.
•Todos os procedimentos científicos e técnicos vêm confirmar a relação afetiva que os animais são capazes de estabelecer com as pessoas. Além disso, é muito importante lembrar que todos nós interagimos no mesmo ecossistema.

Nota importante: É preciso tomar alguns cuidados quando se decide adotar um bicho. Em primeiro lugar, os pais devem optar pelos animaizinhos mais dóceis e alertar ao dono na hora da compra que a intenção é levá-los para viver com crianças. Isso deve acontecer principalmente no caso de gatos e cães. Cabe aos pais, dali em diante, acompanhar a relação entre o filho e o animal, para ensinar como tratá-lo, e quais as necessidades para que se mantenha vivo. O veterinário alerta que a higiene é fundamental seja lá qual for o bichinho escolhido.

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