quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pequenos passos rumo à "verdadeira" inclusão na escola

LEM capacita professores para identificar alunos com deficiência intelectual

Entre os dias 26 e 30 de abril de 2010, o governo de Luís Eduardo Magalhães através da Secretaria Municipal de Educação promoveu capacitação para professores, diretores e coordenadores da rede pública de ensino municipal com objetivo de identificar em sala de aula alunos com deficiência intelectual, ou, déficit cognitivo como prefere a psicopedagoga clínica, Lívia Laranjeiras, responsável por ministrar o curso.
Para ela é importante dissociar os termos deficiente intelectual e deficiente mental. Desde 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) é utilizado o termo deficiente intelectual e não mental. “Antigamente era comum o uso do termo deficiente mental, mas hoje em dia existe uma recomendação em se usar o termo deficiente intelectual para designar o individuo com déficit de cognição ou dificuldade de aprendizagem e desta forma não haver confusão com o termo doente mental” observa Laranjeiras.
A ideia do curso, segundo ela é fazer com que os professores consigam identificar mais facilmente os alunos que se enquadram no perfil do deficiente intelectual. Para isso recomenda-se que os pais e, principalmente os professores observem nas crianças a sua capacidade para a realização de atividades corriqueiras e que a façam pensar e ter de resolver determinados problemas.
“É importante que os professores compreendam as necessidades inerentes do transtorno para que possam direcionar e não só ter um olhar clínico para identificar uma criança que tenha deficiência intelectual em sala de aula” analisa Lívia. Para a psicopedagoga a existência de crianças com déficit cognitivo em sala de aula faz com que sejam feitos ajustes no currículo escolar, inclusive com adaptações materiais.
A Secretaria de Educação, Ana Amélia Junqueira conta que a deficiência intelectual é uma realidade do município e daí a importância do professor estar qualificado para trabalhar com esses alunos. Para ela a partir do momento que o professor tem consciência que seu aluno pode ter dificuldades de aprendizagem é possível realizar um trabalho mais eficaz, de maneira igualitária com todos dentro da sala de aula.
A secretária reforça que atualmente são realizados pelo menos um curso de qualificação por mês com os professores, coordenadores e diretores do município. “Como não conseguimos atingir a todos os professores de uma só vez estamos realizando capacitações mensais, priorizando o trabalho em grupo. Estes grupos ficam então, responsáveis por repassar para os demais professores o que foi abordado durante os cursos”, finaliza.

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